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Olhai os lírios do campo
[…] Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época. Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles? […]
[…] É indispensável trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria também triste e sem beleza. Precisamos, entretanto, dar um sentido humano às nossas construções. E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu. […]
[…] Há, na terra, um grande trabalho a realizar. É tarefa para seres fortes, para corações corajosos. Não podemos cruzar os braços. […]
[…] É indispensável que conquistemos este mundo, não com as armas do ódio e da violência e sim com as do amor e da persuasão. […]
[…] Quando falo em conquistas, quero dizer a conquista duma situação decente para todas as criaturas humanas, a conquista da paz digna, através do espírito de cooperação. […]
Érico Veríssimo
I- De acordo com o texto, pode-se dizer que a ambição descontrolada foi a principal causa dos dramas, das injustiças, da incompreensão da época.
II- De acordo com o texto, o ódio incontrolável gerou a fúria cega dos homens, o que contribuiu para os dramas e injustiças da época.
III- Segundo o autor, o trabalho é indispensável, mas faz-se necessário dar um sentido humano às nossas construções.
IV- Segundo o autor, as relações humanas precisam ser mais importantes que os bens materiais.
Estão CORRETAS as assertivas: