I. Uma igreja e um exército guardam entre si uma série de traços em comum, em especial, que prevalece a mesma ilusão de um líder que ama todos os indivíduos do grupo igualmente e que sua essência reside em laços libidinais com o líder e com os demais membros do grupo.
II. O pânico seria uma reação ao relaxamento na estrutura libidinal do grupo que liga os indivíduos ao líder e aos seus camaradas, podendo-se refutar a interpretação contrária de que os laços libidinais seriam destruídos devido ao medo em face ao perigo.
III. Os grupos nunca ansiaram pela verdade, pois, exigindo ilusões e não podendo passar sem elas, frequentemente, dão ao que é irreal precedência sobre o real, quase tão intensamente influenciados pelo que é falso quanto pelo que é verdadeiro, com uma tendência evidente de não distinguir entre as duas coisas.
IV. A identificação parcial, baseada na percepção de uma qualidade comum partilhada, propicia um novo laço grupal. Esse laço mútuo entre seus membros encontra-se na natureza do laço com o líder.