24900 Legislação Jurídica > Lei 13.869/2019 - Lei de Abuso de Autoridade > EAP 1º SGT - Prova 2024
Leia atentamente a matéria jornalística abaixo:

Advogado diz ter sido proibido de conversar com suspeito de envolvimento em ataque a policiais em Santos O advogado Edson Rodrigues Eduardo acusa a Polícia Militar de proibir o acesso dele ao seu cliente, preso na terça-feira (1º) durante uma operação em um morro de Santos, horas após dois policiais terem sido baleados no bairro Campo Grande.
Segundo o defensor do estudante Victor Hugo de Oliveira Veloso, de 20 anos, ele não possui antecedentes criminais e teria sido preso de maneira injusta. “A família alega que ele é usuário de entorpecentes, mas que não tem envolvimento algum com o crime organizado. Inclusive ele é réu primário. (Os familiares) não sabem como se deu a operação, sabem apenas que ele foi baleado por informações de terceiros que chegaram para a família”, afirmou, em entrevista à Santa Cecília TV.
Edson conta que, desde ontem, está tentando falar com o suspeito, mas ele teria sido proibido de ver o seu cliente. “Ontem estive na Santa Casa e o setor administrativo me atendeu falando que eu não poderia conversar com o meu cliente, dentro da Santa Casa. Isso seria uma ordem dos policiais militares, o que é totalmente descabida. Hoje estarei tomando as medidas cabíveis, porque isso não pode acontecer. Não sei o estado de saúde do meu cliente, nem como se deu a prisão dele”, destacou.
De acordo com o advogado, a Polícia Militar não teria explicado a razão pela qual teria sido proibido o seu acesso para conversar com o estudante. “Até agora não, (a PM) não se manifestou. O que causa repulsa, porque o advogado não pode ser proibido de conversar com o cliente. É inconstitucional, é crime”, disse. Para Edson Rodrigues, a ação dos agentes de Segurança Pública durante a Operação Escudo, deflagrada desde a semana passada na Baixada Santista, estaria ‘passando do limite’ em algumas situações.
“É fato notório (abuso policial). A gente sente que algumas pessoas estão abusando, que existe esse abuso de poder. Familiares estão relatando que a polícia já chega atirando. Houve um crime, que tem que ser combatido, mas o que está acontecendo é uma retaliação”, concluiu.

A Lei Federal nº 13.869, de 5 de setembro de 2019 definiu os crimes de abuso de autoridade. Com base nessa legislação, no Decreto-Lei nº 1.001 de 21 de outubro de 1969 que regulamentou o Código Penal Militar e a matéria jornalística apresentada, marque a assertiva CORRETA de acordo com a legislação vigente:

a) O policial militar pode impedir a entrevista pessoal do preso com seu advogado. Caso haja o estorvo lídimo, o militar responderá pela lei de abuso de autoridade, não sendo considerado crime militar, uma vez que aquela legislação é mais recente.
b) O policial militar, sem justa causa, não pode impedir a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado. O estorvo ilídimo, nesse caso, será considerado crime desde que esteja presente uma das finalidades exigidas pela lei e será crime militar, mesmo que não ocorra em lugar sujeito à administração militar.
c) O policial militar não pode empecer a entrevista pessoal do preso com seu advogado em um local seguro e controlado, sem risco para os envolvidos, pois não há previsão legal de crime militar de abuso de autoridade, ainda que impropriamente, mas tão somente o crime comum.
d) O policial militar pode empecer a entrevista pessoal do preso com seu advogado, desde que não seja reservado. Como no caso apresentado o cliente do advogado está dentro de um hospital civil, para que haja o crime militar, é imprescindível que a conduta dos policiais ocorra em um local sujeito à administração militar.

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